Ao iniciar-se o séc. XVI, a publicação de autores portugueses no estrangeiro fazia eco do esplendor imperial do rei D. Manuel I e da expansão ultramarina portuguesa. Desde logo, em 1505, Eucharius Silbert publicava, em Roma, a oração de Diogo Pacheco (fl. 15–) Obedientia Potentissimi Emanuelis Lusitaniae Regis &c. per clarissimum Iuris. V. co[n]sultum Dieghum Pacettum Oratorem ad Iulium. II. Ponti Max…. (BNP RES. 75//1 V.)
No mesmo ano e cidade, Joannis de Besicken imprimia a Copia de vna littera del Re de Portagallo [sic] mãdata al Re de Castella del viaggio et successo de India (BNP RES. 2532 V.). Do prelo deste mesmo impressor saiu, em 1506, a Gesta proxime per Portugallenses in India, Ethiopia et aliis orientalibus terris, a serenissimo Emanuele Portugalliae…, uma compilação de relatos das mais recentes viagens marítimas dos portugueses.
Esta reunião de relatos de viagem conheceu grande sucesso, vindo a ter, no ano seguinte, 1507, três edições na Alemanha: duas em Nuremberga, por Johannem Weyssenburger, sendo uma em latim (BNP RES. 6202 P), outra em alemão (Geschichte kurtzlich durch die von Portugalien in India, Morenland, und andern erutrich, BNP RES. 4388 P); e uma terceira, latina, em Colónia, pelo impressor Joannem Landen (BNP D.S. XVI – 2).
Obras com esta temática continuaram a ter boa procura na Europa nos anos seguintes: missivas e orações de obediência de D. Manuel I ao Papa Leão X foram impressas em 1514 (Roma e Dresden); itinerários e relações de viagens marítimas portuguesas saíram dos prelos em Milão (1508) e em Nuremberga (1513).